sábado, 18 de dezembro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
sábado, 4 de dezembro de 2010
°°° Moda & Beleza°°°
Você reconhece as unhas das famosas?
Faça o quiz proposto pela taynarah e teste os seus conhecimentos sobre o assunto
Com a febre das unhas cada vez mais ousadas, as celebridades nunca foram tão observadas e copiadas.
Lançadoras de tendências, elas não têm medo de exagerar. Seja no formato, na cor do esmalte ou nos adesivos diferentes, dão um show de criatividade.
Já outras, nem tanto. Sim, as celebridades também descuidam do visual e ficam semanas com o esmalte descascado.
Para saber se você está por dentro das unhas das celebridades, fale com a taynarah...
** Música**
Veja Michel Teló cantando no YouTube Sertanejo Live
Cantor mostrou hits como Fugidinha no show, que teve transmissão pela web
Michel Teló foi uma das atrações do YouTube Sertanejo Live, que rolou no último dia 30, com transmissão pelo YouTube.
Foi a primeira vez que um evento desse tipo aconteceu no Brasil.
O cantor postou em seu site os vídeos das músicas que mostrou no show.
Na apresentação, o público cantou com ele Ei, Psiu! Beijo, me Liga, Me Odeie, Amanhã Sei Lá, Fugidinha e Larga de Bobeira.
As outras atrações do evento foram Bruno & Marrone, Victor & Leo, João Bosco & Vinícius e Luan Santana.
Confira abaixo os vídeos de Michel Teló:
Ei, Psiu! Beijo, me Liga
Amanhã Sei Lá
Fugidinha
Larga de Bobeira
sábado, 27 de novembro de 2010
filhos de michael jackson
Filhos de Michael Jackson vão participar de programa de entrevista nos EUA
videos
G1
Trailer do game de dança do Michael Jackson para Wii
Trailer oficial do novo game de dança do Michael Jackson que chega às lojas em novembro.horóscopo
27 de novembro de 2010
Horóscopo
Confira abaixo as previsões feitas por Taynarah Gomes para todos os signos.- Áries - 21/03 a 20/04 - Regente: Marte
- Quando nos sentimos revigorados, é preciso cuidar para não desperdiçar a boa energia com atitudes irrefletidas. É tempo de traçar novas metas, de modo a reciclar a alma e o próprio jeito de viver.
- Touro - de 21/04 a 20/05 - regente: Vênus
- Quando decidimos ficar sozinhos, é provável haver, também, momentos em que sentiremos necessidade de compartilhar. É tempo de valorizar as ações conjuntas para se beneficiar com as trocas que podem ser realizadas.
- Gêmeos - de 21/05 a 20/06 - regente: Mercúrio
- Ao mesmo tempo em que há discussões para fazer valer seu ponto de vista, há também hesitação por medo de cometer injustiças. É tempo de ponderar as opiniões suas e dos outros para que todos possam ter suas idéias acatadas.
- Câncer - de 21/06 a 22/07 - regente: Lua
- A tendência de chamar atenção sobre si pode ser resultado do desejo de se sentir parte integrante do meio em que vive. É tempo de ficar seguro do seu lugar sem precisar, necessariamente, se expor em demasia.
- Leão - de 23/07 a 22/08 - regente: Sol
- Se os holofotes não estiverem na sua direção, é provável que não se sinta devidamente apreciado. É tempo de ser deixar de ser sempre o centro e compreender que partilhar é um bom meio de se sentir feliz.
- Virgem - de 23/08 a 22/09 - regente: Mercúrio
- Às vezes achamos que somos potentes o suficiente para solucionar para solucionar todos os problemas ao mesmo tempo. É tempo de desacelerar o ritmo de modo a melhorar a qualidade de vida e dos relacionamentos.
- Libra - de 23/09 a 22/10 - regente: Vênus
- Tudo parece contribuir para a harmonia nos relacionamentos, não fosse a tendência de impor suas opiniões. É tempo de racionalizar o que sente para não se deixar levar pelo orgulho e, assim, pôr tudo a perder.
- Escorpião - de 23/10 a 21/11 - regente: Plutão
- As emoções, ainda que profundas, podem ser a fonte do equilíbrio. É tempo de agir com maturidade e cuidar dos relacionamentos usufruindo, deste modo, a potência gerada pelos encontros.
- Sagitário - de 22/11 a 21/12 - regente: Júpiter
- Se não houvesse limites para atender a todos os desejos, provavelmente viveríamos em estado de ansiedade permanente. É tempo de ter serenidade para manter-se centrado, evitando assim, maiores frustrações.
- Capricórnio - de 22/12 a 20/01 - regente: Saturno
- A urgência em separar o joio do trigo é decorrente do fato de assumimos compromissos iludidos pelas circunstâncias. É tempo de refletir sobre as parcerias que são realmente importantes e que devem ser mantidas.
- Aquário - de 21/01 a 19/02 - regente: Urano
- Em tempos de pressão é preciso optar por momentos que capazes de proporcionar prazer. É tempo de controlar a ansiedade para que o convívio pessoal seja mais tranquilo e sem expectativas infundadas.
- Peixes - de 20/02 a 20/03 - regente: Netuno
- Ao dedicar-se exageradamente em encontrar soluções que possam salvar o mundo, corremos o risco de cair num grande vazio. É tempo de encontrar um rumo mais realista do qual faça parte um projeto de aplicação pratica.
***Mulher***
Mulheres ficam mais femininas quando olham para cima
Um estudo maluco da University of Newcastle, na Australia, comparou o comportamento de homens e mulheres em relação aos rostos do sexo oposto e constatou que mulheres são entendidas como mais femininas quando levantam um pouco a cabeça para cima. Com os homens seria o contrário, ao olhar para baixo pareceriam mais masculinos.
É um pouco complicado entender o que os cientistas que conduziram a pesquisa (que são um casal, aliás) entendem por feminilidade e masculinidade, já que são conceitos bem amplos. Mas eles dizem que a pesquisa tem relação com a evolução e como as pessoas percebem os rostos alheios ao longo do tempo. Eles associaram os dados obtidos à diferença de estatura entre homens e mulheres, o que sabemos nem sempre segue o senso comum de que eles são mais altos.
Seja como for, se a ideia é conquistar, cabeça erguida sempre, que auto-confiança ainda é um excelente atrativo!
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Ser a Madonna não é fácil
Oi, gente!
Agora eu entendo como a Madonna deve sofrer para se produzir na hora dos shows. Eu troquei de modelito três vezes e confesso pra vocês, não foi nada fácil.
Imagina a própria, a Rainha do Pop, que troca de roupa mil vezes a cada show.
Primeiro, dancei ao som de Like a Virgin, com direito a pintinha na boca e tudo mais.

Depois foi Vogue, que usei um sutiã de cone para fã nenhum da diva botar defeito!




Já em Music, uma peruca loiríssima e muitos acessórios dourados fizeram parte do figurino.


Essa foi uma das imitações mais pedidas aqui no blog e garanto que vocês vão adorar o mico deste sábado, no Melhor do Brasil!
Não percam. E, eu me rendo, dança gatinho, dança!
Agora eu entendo como a Madonna deve sofrer para se produzir na hora dos shows. Eu troquei de modelito três vezes e confesso pra vocês, não foi nada fácil.
Imagina a própria, a Rainha do Pop, que troca de roupa mil vezes a cada show.
Primeiro, dancei ao som de Like a Virgin, com direito a pintinha na boca e tudo mais.


Depois foi Vogue, que usei um sutiã de cone para fã nenhum da diva botar defeito!




Já em Music, uma peruca loiríssima e muitos acessórios dourados fizeram parte do figurino.


Essa foi uma das imitações mais pedidas aqui no blog e garanto que vocês vão adorar o mico deste sábado, no Melhor do Brasil!
Não percam. E, eu me rendo, dança gatinho, dança!
Já posso roubar o lugar da rainha do pop?
Olá, pessoal!!
Madonna, a diva do pop, invadiu o Melhor do Brasil de ontem e espero que não tenha deixado ninguém ficar parado em casa!
O que vocês acharam? Já posso roubar o lugar da rainha? (rs)
E quem não viu ou quem quer ver de novo, afaste o sofá da sala, assista aos vídeos abaixo e dance comigo!
Comentem!
Beijos e abraços,
Madonna, a diva do pop, invadiu o Melhor do Brasil de ontem e espero que não tenha deixado ninguém ficar parado em casa!
O que vocês acharam? Já posso roubar o lugar da rainha? (rs)
E quem não viu ou quem quer ver de novo, afaste o sofá da sala, assista aos vídeos abaixo e dance comigo!
Comentem!
Beijos e abraços,
E eu vou te esperar
Oi, pessoal
No Vai Dar Namoro de ontem (9), eu me transformei no Pe Lanza, da família Restart, e as fãs ficaram enlouquecidas! Os meninos da banda participaram da brincadeira e cantaram comigo no palco de O Melhor do Brasil.
Para quem perdeu, assista ao vídeo!
Veja mais:
+ Veja os destaques do dia
No Vai Dar Namoro de ontem (9), eu me transformei no Pe Lanza, da família Restart, e as fãs ficaram enlouquecidas! Os meninos da banda participaram da brincadeira e cantaram comigo no palco de O Melhor do Brasil.
Para quem perdeu, assista ao vídeo!
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Sábado Superfantástico !
Olá, galera!
Como vocês estão?
Em homenagem aos altinhos de plantão, nesta semana vou relembrar um grande sucesso dos anos 80, que vai fazer muita gente morrer de saudade.
Cercado por uma criançada bonita e vestido de Simony, irei dançar as músicas do grupo Balão Mágico.
Superfantástico, Somos Amigos e Se Enamora deixarão o sábado (6) com gostinho de infância!


Vou esperar todo mundo lá, hein!
Beijos!!
Rodrigo
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Como vocês estão?
Em homenagem aos altinhos de plantão, nesta semana vou relembrar um grande sucesso dos anos 80, que vai fazer muita gente morrer de saudade.
Cercado por uma criançada bonita e vestido de Simony, irei dançar as músicas do grupo Balão Mágico.
Superfantástico, Somos Amigos e Se Enamora deixarão o sábado (6) com gostinho de infância!


Vou esperar todo mundo lá, hein!
Beijos!!
Rodrigo
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Votos(dança)
Qual foi a melhor dança de 2010? Vote aqui!

Beijos!
Veja mais:
+ Baby, baby, baby oooh
+Finalmente, Lady Gaga
+ O Rodrijackson chegou!
+ Entrei para a família Restart!
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+Finalmente, Lady Gaga
+ O Rodrijackson chegou!
+ Entrei para a família Restart!
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Como uma deusaaaaaaa
Oi, gente!!
Vocês se lembram da música O Amor e o Poder, que fez um sucesso danado nos anos 80?
Inspirado por ela, vou imitar a cantora Rosana e fazer todo mundo ter seu dia de deusa em casa!
Botei peruca, passei batom, caprichei nas bochechas e coloquei um modelito igualzinho ao que ela usou no clipe do hit. Vejam só!


Quero todo mundo dançando junto com o rodrigo Faro.
Vocês se lembram da música O Amor e o Poder, que fez um sucesso danado nos anos 80?
Inspirado por ela, vou imitar a cantora Rosana e fazer todo mundo ter seu dia de deusa em casa!
Botei peruca, passei batom, caprichei nas bochechas e coloquei um modelito igualzinho ao que ela usou no clipe do hit. Vejam só!


Quero todo mundo dançando junto com o rodrigo Faro.
$$Economia$$
Saiba quais são as novas regras do cartão de crédito
BC estipulou valor mínimo para parcelamento e reduziu tarifas de 80 para 5
Nesta quinta-feira (25), o Banco Central, por meio do CMN (Conselho Monetário Nacional), mudou algumas regras para o setor de cartões de crédito no país. As principais alterações são a redução drástica do número de tarifas cobradas pelos bancos, a criação de uma porcentagem fixa para o pagamento mínimo da fatura e a padronização dos tipos de cartões que os bancos poderão emitir.
Com a nova regulamentação do BC, os cartões de crédito terão apenas cinco tipos de tarifas - uma diminuição considerável diante das cerca de 80 taxas que os bancos cobram atualmente de seus clientes. Essa mudança tem como objetivo beneficiar o consumidor, que poderá comparar as tarifas praticadas pelos bancos e escolher o serviço que mais lhe convém.
As novas regras só valerão para os contratos de cartões fechados a partir de 1º de junho de 2011. Para aqueles que já estão em circulação no mercado ou que venham a ser emitidos até junho do ano que vem, as novas regras entram em vigor a partir de junho de 2012.
O BC estipulou também o valor mínimo de pagamento da fatura do cartão de crédito. A partir de 1º de junho de 2011, o mínimo a ser pago a cada mês não poderá ser menor que 15% do total da dívida.
Um exemplo: se a dívida que estiver vencendo no cartão for de R$ 1.000, para entrar no crédito rotativo, o valor mínimo da parcela não pode ser menor que R$ 150.
O objetivo da medida é evitar que a dívida do consumidor se torne impagável, já que os juros rolam sobre o valor que não foi pago.
Outra mudança determinada pelo BC é que os bancos ofereçam dois tipos de cartões de crédito aos consumidores a partir de 2011: o básico, com anuidade barata, e o diferenciado, que será associado a programas de benefícios, como resgate de passagens aéreas, descontos em hotéis e outras recompensas.
Não haverá mudanças em relação ao parcelamento de compras ou à rede de estabelecimentos credenciados.
Uma pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Consumidor) divulgada na última segunda-feira (22) aponta que sete em cada dez brasileiros endividados têm problemas com o pagamento do cartão de crédito.
Personalizando os links de navegação do Blogger
Os links de navegação, são aqueles 3 links que aparecem no final de cada página dos blogs do Blogger. Eles servem para auxiliar o visitante a “navegar” pelo arquivo do blog, avançando e retrocedendo as postagens do arquivo. Considero obrigatório, o uso dos links de navegação, já que sem eles ficaria muito complicado ter acesso a todos os posts que não se encontram na página inicial. ...
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
MÚSICA
My Worlds, de Justin Bieber está entre os CDs
mais vendidos no Brasil
CD reúne sucessos de dois álbuns lançados pelo cantor nos EUA
O cantor de apenas 15 anos de idade, já conquistou público cativo e está na lista de títulos mais vendidos do país. O álbum, My Worlds, foi lançado no Brasil em novembro de 2009 e reúne sucessos de dois CDs do cantor, o My World e o My World 2.0. São 18 faixas que compõe o terceiro título da carreira do astro teen. Saiba dez curiosidades sobre Justin Bieber
Veja abaixo as músicas que fazem parte do álbum.
1 – One Time
2 – Favorite Girl
3 – Down To Earth
4 – Bigger
5 – One Less Lonely Girl
6 – First Dance
7 – Love Me
8 – Common Denominator
9 – Baby
10 – Somebody To Love
11 – Stuck In The Moment
12 – U Smile
13 – Runaway Love
14 –Never Let You Go
15 – Overboard
16 – Eenie Meenie
17 – Up
18 –That Should Be Me
Tecnologia e Ciẽncia
Estudo diz que internet sem fio
"machuca" folhas de árvores
Plantas colocadas bem perto de roteadores Wi-Fi apresentaram coloração anormal

Os efeitos da radiação emitida por aparelhos celulares e por equipamentos de Wi-Fi (internet sem fio) sobre o corpo humano ainda levantam polêmica no mundo científico, mas há indícios de que as plantas também possam ser afetadas por essas ondas. Uma pesquisa feita na Holanda mostrou que as árvores plantadas próximas a roteadores Wi-Fi (aparelhos responsáveis por “colocar a conexão no ar”) sofriam com problemas como cascos danificados e morte das folhas. De acordo com o jornal britânico Daily Mail, o estudo foi encomendado pela cidade de Alphen aan den Rijn, no oeste da Holanda, depois de árvores aparecerem com deformidades sem causa aparente. Os pesquisadores, então, levaram 20 árvores para um laboratório e as expuseram a vários tipos de radiação por três meses, a uma distância de apenas 50 cm.
As folhas das plantas colocadas assim tão perto do roteador Wi-Fi apresentaram uma coloração similar à do chumbo, em razão da morte de alguns tecidos, o que pode acabar com as folhas. De acordo com os pesquisadores da Universidade Wageningen, cerca de 70% das árvores em áreas urbanas apresentam o mesmo problema – esse índice era de apenas 10% há cinco anos. As plantas encontradas em matas mais fechadas não sofrem com o problema.
Agora, os cientistas devem fazer mais estudos para confirmar o problema.
Outros especialistas contestaram os resultados. Uma agência de saúde da Holanda afirmou que os resultados são “iniciais” e que não foram confirmados por outras pesquisas.
– Com base nas informações existentes atualmente, não se pode concluir que os sinais de Wi-Fi causaram danos às árvores ou a outras plantas.
Estudo
Dieta rica em proteínas é a melhor
para perder quilos, diz estudo
Alimentação deve ser rica em carnes magras, legumes e produtos lácteos

A melhor maneira para perder peso é fazer uma dieta rica em proteínas com mais carnes magras, legumes e produtos lácteos com baixos níveis de gorduras, segundo um estudo apresentado nesta quarta-feira (24) pela Universidade de Copenhague. Segundo a publicação do New England Journal of Medicine, deve-se reduzir também o consumo de amidos refinados como o pão e o arroz branco. A pesquisa recolhe os resultados do maior estudo do mundo sobre dieta, o Projeto Diógenes (Dieta, Obesidade e Genes), realizado desde 2005 em oito países europeus, com fundos da União Europeia e dirigido pela Universidade de Copenhague.
O objetivo era comparar as recomendações dietéticas oficiais na Europa com uma dieta baseada nos últimos conhecimentos sobre a importância das proteínas e os hidratos de carbono para regular o apetite, explica Thomas Meinert Larsen, um dos diretores do projeto.
- Nossa pesquisa alerta as autoridades para recomendarem à população a comer mais proteínas para prevenir a obesidade.
No estudo participaram 772 famílias europeias, incluindo 938 adultos e 827 crianças. Os melhores resultados foram obtidos por aqueles que seguiram a dieta rica em proteínas, com um aumento de peso 0,93 Kg menor do que os que tiveram um dieta pobre em proteínas, segundo o estudo.
Saúde
Sem vacina, dengue será desafio
permanente, diz ministro da Saúde
País registrou recorde de mortes pela doença em 2010
, com Agência Brasil

Temporão diz que vacina só será aprovada daqui a três anos
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse nesta quinta-feira (25) que a dengue será um desafio permanente enquanto não houver vacina contra a doença no Brasil. Segundo o ministério, a substância está em fase de testes em humanos no Espírito Santo, por meio de uma parceria com um laboratório francês. Temporão alertou, entretanto, que a aprovação só deve ocorrer em três ou quatro anos. O número de mortes por dengue no Brasil praticamente dobrou no Brasil entre 2009 e 2010, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Até 16 de outubro, 592 pessoas morreram no país por causa da doença, contra 298 em todo o ano passado. Os óbitos deste ano ultrapassaram pior marca para a doença, de 2008, quando a doença fez 478 vítimas.
Neste ano, foram notificados 936.260 casos de dengue clássica no país. Destes, 14.342 foram classificados como graves.
Segundo o ministro, casos registrados em 2010 em países como França, Estados Unidos e Holanda demonstram a capacidade de adaptação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
– Infelizmente, vamos ter dengue todos os anos enquanto não tivermos vacina, e isso vai demorar alguns anos.
Durante participação no programa Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC (Empresa Brasil de Comunicação), ele fez um balanço do combate à doença durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
– Fizemos um gigantesco esforço com secretários estaduais e municipais. Aperfeiçoamos muito a vigilância epidemiológica. São 66 laboratórios no país que monitoram os sorotipos.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Casamentos mais Extravagantes
As 10 festas de casamento mais extravagantes dos famosos
Mal anunciou seu casamento com a plebeia Kate Middleton, o príncipe William da Inglaterra fez questão de destacar que não quer uma festa pomposa. Mas ele é exceção no mundo dos famosos, onde luxo é quase obrigatório nestas ocasiões.Ssugestões
10. Chelsea Clinton e Marc Mezvinsky

Na cerimônia bi-religiosa da filha única de Hillary e Bill Clinton (a noiva é metodista, e o noivo, judeu), tudo parece ter sido feito em dobro. No interior de Nova York, uma mansão histórica abrigou os 400 convidados de Chelsea com o banqueiro Marc Mezvinsky em julho deste ano. Só o vestido da noiva, assinado pela famosa estilista Vera Wang, custou 36.000 reais. A festa toda ficou entre 5 milhões e 8,5 milhões de reais. Tudo pago pelo ex-presidente americano, que ainda teve que emagrecer 10 quilos – a pedido da filha – para entrar elegante na igreja.
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Mulheres que tomam refrigerante apresentam risco de desenvolver gota
Mulheres que tomam refrigerante
apresentam risco de desenvolver gota
Suco de laranja e outras bebidas açucaradas também são perigosas

Mulheres que consomem bebidas ricas em frutose, como refrigerantes e sucos de laranja, apresentam um risco elevado de desenvolver gota, segundo estudo feito por pesquisadores da University of British Columbia e apresentado recentemente durante a Reunião Científica Anual do Colégio Americano de Reumatologia, em Atlanta, nos Estados Unidos.
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (22), o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares, compara o perigo à ingestão de álcool. - As novas descobertas indicam que a ligação entre bebidas ricas em frutose e o risco de gota é comparável às bebidas alcoólicas, que são causas conhecidas do surgimento da doença.
A gota é causada pelo aumento da concentração sanguínea de ácido úrico, que dá origem a episódios recorrentes de artrite, mediada pela deposição de cristais desse ácido nas articulações. Segundo Lanzotti, para prevenir e tratar a doença é preciso estar atento ao estilo de vida do paciente.
**Saúde**
Calor aumenta ameaça da conjuntivite
Piscina, sauna, ar condicionado e poeira facilitam propagação de doença
Jaqueline da Mata, do Hoje em Dia

Doença pode ser tratada com colírio específico
A proximidade do verão e a chegada do calor fazem aumentar o alerta em relação à conjuntivite. Problema comum e de fácil tratamento, ela causa grande irritação nos olhos. Ambientes como piscinas, saunas e o próprio local de trabalho, com o ar condicionado ligado sem interrupção, facilitam a proliferação do vírus. Mas cuidados simples, como lavar as mãos e não compartilhar toalhas, podem evitar o contágio.
Apesar de não haver estatísticas oficiais sobre casos de conjuntivite, oftalmologistas já percebem um aumento no número de consultas ligadas ao problema. A própria mudança de estação afeta os olhos, ainda que indiretamente.
O vice-presidente do Departamento de Oftalmologia da AMMG (Associação Médica de Minas Gerais), Luiz Carlos Molinari, explica que a conjuntivite alérgica é a mais frequente. Mas, nesta época do ano, o tipo viral faz mais vítimas. A causa é uma inflamação na conjuntiva, a camada mais externa do olho. O médico diz que os sintomas mais comuns são desconforto ocular, ardor, sensação de corpo estranho nos olhos e lacrimejamento. Outro sinal está nos olhos vermelhos. Mas, em geral, não há redução da capacidade visual, diz.
– O que pode acontecer é um leve embaçamento pelo acúmulo de lágrimas e secreção.
O período de incubação varia de 20 horas a três dias e a transmissão normalmente acontece em uma semana. O oftalmologista Victor Saques Neto, do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), destaca que a infecção afeta pessoas de qualquer idade e pode haver reinfecção ou recaída.
Ele explica que, durante a primavera, o tempo mais seco e a baixa umidade do ar tornam mais frequentes os registros das conjuntivites chamadas “primaveris”. Elas são causadas por reações alérgicas aos resíduos que flutuam na atmosfera, como poeira e pólen.
Já no verão as pessoas compartilham piscinas, praias, academias e outros ambientes públicos, o que aumenta potencialmente o risco de manifestação das conjuntivites contagiosas. No inverno, as pessoas costumam permanecer mais tempo dentro de casa, sem muita ventilação, propiciando um ambiente que favorece o compartilhamento de vírus e bactérias. É quando aparecem as conjuntivites bacterianas.
O tipo alérgico do problema, que não é contagioso, normalmente atinge entre 12% e 13% da população. O agente causador pode estar em cosméticos, no estojo das lentes de contato, em medicamentos, na poeira e no pólen. Esse tipo de conjuntivite geralmente afeta os dois olhos simultaneamente e provoca coceira, lacrimejamento, vermelhidão e pálpebras inchadas.
Uma conjuntivite viral afastou do trabalho, por sete dias, a assistente social Daísa de Souza Pinto, de 32 anos. Ela nunca tinha passado pelo problema.
– Há uma semana, acordei com um dos olhos inchado, coçando muito e lacrimejando. Foi como se eu tivesse levado uma picada de marimbondo.
No mesmo dia, ela procurou o médico. O tratamento foi apenas a limpeza dos olhos com soro fisiológico e uso de um colírio específico a cada seis horas.
Os cuidados pessoais só não foram suficientes para evitar a transmissão do vírus em família. O irmão de Daísa também acabou pegando conjuntivite.
– Acredito que foi porque compartilharmos a toalha de rosto.
O oftalmologista Luiz Molinari alerta que cautela não é frescura.
– Quando se tem a doença é preciso evitar de qualquer maneira compartilhar objetos pessoais.
Dor ocular muito intensa, febre, desconforto ao movimentar os olhos ou persistência de secreção contínua mesmo após o término da medicação podem indicar complicações. Neste caso, o médico deve ser procurado novamente.
Molinari chama atenção ainda sobre cuidados que o paciente deve ter durante a doença. É importante não coçar e não esfregar os olhos ao enxugá-los. Para fazer a higiene, a pessoa deve usar lenço de papel. Óculos escuros e compressas frias sobre as pálpebras também ajudam a aliviar o incômodo.
Se as pálpebras estiverem aderidas pela manhã, deve-se usar água filtrada ou soro fisiológico para a limpeza. Além da conjuntivite, outros problemas nos olhos podem surgir durante o período de calor, devido à maior sensibilidade dos olhos e à exposição mais frequente a agentes agressores como a poeira.
Saúde: HIV
Rússia vai testar nova vacina contra Aids
HIV afeta mais de 30 milhões de pessoas em todo o mundo
Três laboratórios russos anunciaram nesta segunda-feira (22) que uniram esforços para desenvolver uma vacina mais efetiva contra o HIV, vírus causador da Aids. Testes realizados com humanos já mostraram que a nova terapia é segura, não traz riscos e tem eficiência de 30%.
De acordo com Igor Sidorovich, do Departamento de Aids do Instituto de Imunologia da Rússia, a efetividade da nova vacina será de 30% se o paciente receber seis doses anuais.
- A vacina pode salvar um milhão de vidas ao ano.
Por volta de 500 portadores do HIV foram selecionados para participar dos testes de laboratório da vacina, que já demonstrou não trazer risco para humanos. Sidorovich ressaltou que, até o momento, só uma vacina contra o HIV desenvolvida nos Estados Unidos e testada na Tailândia demonstrou ter eficiência.
Em 2007, o governo russo investiu R$ 55 milhões (23,5 milhões de euros) na pesquisa de vacinas contra o HIV e os responsáveis do projeto preveem mais uma leva de investimentos antes de fim de ano, explicou Yevgeny Stavsky, chefe do centro Vector, de Novosibirsk, que participa do desenvolvimento da vacina.
- Vamos começar agora a fase principal e mais cara do processo.
Confira também
Saúde
Alimentos em cápsulas melhoram
a saúde e a aparência ao mesmo tempo
Saiba os benefícios de produtos à base de chá verde, azeite de oliva e tomate
As farmácias foram invadidas por cosméticos à base de alimentos que prometem revigorar a saúde de fora para dentro. São os chamados nutracêuticos ou nutracosméticos. Em forma de cápsulas ou em pó, os produtos à base de chá verde, ômega três (extraído do óleo de peixe) e silício (arroz integral e milho), mais do que complementos alimentares, ajudam a emagrecer, revigorar a pele e evitar doenças.
O consumo diário destes compostos é eficaz no combate à gordura localizada, rugas e celulite, além de ajudar na prevenção de doenças graves como diabetes, pressão alta, câncer, mal de Alzheimer e mal de Parkinson, segundo Maurício Pupo, especialista em cosmetologia – ramo da ciência farmacêutica que pesquisa e desenvolve cosméticos - e o nutrólogo e dermatologista Valcinir Bedin, consultados pelo R7.
Suas funções ganham ainda mais potência quando aliadas a uma dieta balanceada e à prática de exercícios físicos. O resultado: saúde e beleza andando juntas.
Não é remédio
Apesar dos benefícios à saúde, os nutracêuticos não são considerados remédios e podem ser comprados sem receita. Para resultados mais focados na necessidade nutricional de cada um, sem risco de superdosagem, os especialistas recomendam fazer uma consulta médica antes de tomar.
Uma dica para evitar o exagero é seguir as indicações do rótulo do produto. Todos devem ter selo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), indicando que as dosagens foram testadas e aprovadas. Se for manipulado na farmácia, peça orientação sobre as doses ao farmacêutico responsáve
Psicologia
Jogar Tetris faz pessoas esquecerem traumas
Descoberta poderá ajudar no desenvolvimento de vacina contra lembranças doloridas.

Tetris faz bem ao cérebro porque usa canal do órgão
ligado à percepção e não ao contexto
ligado à percepção e não ao contexto
Uma pesquisa da Universidade de Oxford, no Reino Unido, revelou que o Tetris diminui as lembranças de um trauma. Segundo os pesquisadores, o jogo é mais eficiente do que um quiz.
O estudo mostrou que os jogadores não se esqueceram apenas de lembranças desagradáveis enquanto usavam o game: os blocos em queda também oferecem um efeito benéfico.
Os pesquisadores sugerem que a descoberta poderá ajudar no desenvolvimento de uma vacina contra lembranças traumáticas.
Para os cientistas, esse tipo de game faz bem ao cérebro porque usa um canal do órgão ligado à percepção e não ao contexto.
Como o Tetris exige muita atenção por parte do usuário, ele compete, no cérebro, com memórias de percepções sensoriais vívidas (que criam lembranças), mas não com associações contextuais úteis, que dão significado a uma experiência traumática.
A mente tem dois canais separados de pensamento. Um é sensorial e lida com nossas experiências baseadas em percepções do mundo por meio da visão, da audição, do olfato, do paladar e do tato.
Já o canal conceitual é responsável por juntar todas essas percepções de forma significativa, colocando-as em um contexto. Geralmente, esses dois canais trabalham de forma equilibrada. Por exemplo: usamos um deles para ver e ouvir alguém falar e o outro para entender o que a pessoa está dizendo.
Segundo a chefe da pesquisa, Emily Holmes, do departamento de psiquiatria da universidade, “o jogo continua eficiente quando é jogado até quatro horas depois de um filme estressante, por exemplo”.
- Embora o Tetris consiga diminuir lembranças traumáticas, nem todos os jogos de computador oferecem esse benefício. Alguns deles, inclusive, podem ter um efeito negativo sobre a forma como as pessoas lidam com esse tipo de lembrança.
Um dos jogos mais populares do mundo – até hoje já vendeu mais de 70 milhões de cópias – o Tetris muitas vezes já foi chamado de “estúpido” por ser um ambiente em que não se constrói nada, que não tem uma história, nem personagens.
Número de sites infectados dobra e chega a 1,2 milhão

Uma pesquisa feita pela empresa de segurança Dasient aponta que o número de sites infectados por pragas virtuais, que podem afetar o computador do usuário, dobrou em um ano e chegou a 1,2 milhão de páginas no fim de setembro. De acordo com o levantamento, o número de sites legítimos, como os portais de órgãos dos governos, está crescendo fortemente. As mensagens de e-mail, forma clássica de disseminação dessas pragas, por meio de anexos, está perdendo espaço para golpes em que o site está infectado. Isso é perigoso porque a técnica não exige que o usuário abra um arquivo ou clique em um link de uma mensagem para que o vírus passe para o computador – apenas acessar a página já traz riscos.
A Dasient diz que a tendência é que isso aumente, especialmente com o aumento no uso de redes sociais como Facebook, Orkut e Twitter. Os domínios mais usados nesse tipo de ataque são ".com", ".ru" e ".info".
Um dos problemas em detectar sites maliciosos é que hackers estão usando páginas reconhecidas e supostamente confiáveis, de órgãos oficiais, para disseminar vírus. Entre 2009 e 2010, os sites de instituições como o NIH (Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos) e da EPA (Agência de Proteção Ambiental) foram infectados.
Potter deve superar Guerra nas Estrelas nos EUA

Veja imagens de As Relíquias da Morte - Parte 1
Se os números continuarem nesse ritmo, a previsão, de acordo com o site especializado em cinema Blastr, a série de J.K. Rowling nos cinemas tem tudo para destronar Guerra nas Estrelas, pelo menos nos Estados Unidos.
A odisseia de Luke Skywalker e companhia arrecadou R$ 3,2 bilhões (US$ 1,9 bilhão) por lá, enquanto a série Harry Potter atingiu, até agora, o número de R$ 2,9 (US$ 1,7 bilhão).
Ou seja, falta pouco para Harry Potter ultrapassar os números de Guerra nas Estrelas. Basta que As Relíquias da Morte - Parte 1 e Parte 2 atinjam números quase inexpressivos para um filme da série e George Lucas terá que investir bastante pra valer no relançamento 3D dos seis filmes de Guerra nas Estrelas.
Isso sem mencionar as sequências de Avatar, já anunciadas por James Cameron. Será que a Força continuará mesmo com George Lucas? É esperar para ver.
http://entretenimento.r7.com/cinema/noticias/potter-deve-destronar-guerra-nas-estrelas-nos-eua-20101122.html
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
O q é infocentro?
O que é
É o Projeto de Inclusão Digital do Programa NAVEGAPARÁ realizado através da implantação de centros públicos de acesso à tecnologia da informação, popularmente chamados de Infocentros.
Os Infocentros disponibilizam serviços considerados essenciais na sociedade atual como acesso gratuito à internet para a população, capacitação básica em informática com software livre, cursos de informática avançada, além de oficinas de diversos conteúdos visando a difusão da cultura, comunicação e informação das regiões onde o projeto se faz presente.
Este compromisso do Governo do Pará com a inclusão digital faz parte do programa Pará - Terra de Direitos, um conjunto integrado de políticas sociais dedicado à melhoria da qualidade de vida do povo do Pará.
FONTE: navegaPARÁinfocentroshttp://www.infocentros.pa.gov.br/?q=pt-br/infocentros
Os Infocentros disponibilizam serviços considerados essenciais na sociedade atual como acesso gratuito à internet para a população, capacitação básica em informática com software livre, cursos de informática avançada, além de oficinas de diversos conteúdos visando a difusão da cultura, comunicação e informação das regiões onde o projeto se faz presente.
Este compromisso do Governo do Pará com a inclusão digital faz parte do programa Pará - Terra de Direitos, um conjunto integrado de políticas sociais dedicado à melhoria da qualidade de vida do povo do Pará.
FONTE: navegaPARÁinfocentroshttp://www.infocentros.pa.gov.br/?q=pt-br/infocentros
Inclusão Digital.
Inclusão digital: o que é e a quem se destina?
12 de maio de 2005, 0:00
Iniciativas como a do PC Conectado são louváveis - mas não é só entregar máquinas, conforme bons e maus exemplos em outros países nos ensinam. Veja aqui a opinião de vários autores com quem conversamos.
Por Paulo Rebêlo (reportagem)
O termo “inclusão digital”, de tão usado, já se tornou um jargão. É comum ver empresas e governos falando em democratização do acesso e inclusão digital sem critérios e sem prestar atenção se a tal inclusão promove os efeitos desejados. O problema é que virou moda falar do assunto, ainda mais no Brasil, com tantas dificuldades – impostos, burocracia, educação – para facilitar o acesso aos computadores.
É que inclusão digital significa, antes de tudo, melhorar as condições de vida de uma determinada região ou comunidade com ajuda da tecnologia. A expressão nasceu do termo “digital divide”, que em inglês significa algo como “divisória digital”. Hoje, a depender do contexto, é comum ler expressões similares como democratização da informação, universalização da tecnologia e outras variantes parecidas e politicamente corretas.
Em termos concretos, incluir digitalmente não é apenas “alfabetizar” a pessoa em informática, mas também melhorar os quadros sociais a partir do manuseio dos computadores. Como fazer isso? Não apenas ensinando o bê–á–bá do informatiquês, mas mostrando como ela pode ganhar dinheiro e melhorar de vida com ajuda daquele monstrengo de bits e bytes que de vez em quando trava.
O erro de interpretação é comum, porque muita gente acha que incluir digitalmente é colocar computadores na frente das pessoas e apenas ensiná–las a usar Windows e pacotes de escritório. A analogia errônea tende a irritar os especialistas e ajuda a propagar cenários surreais da chamada inclusão digital, como é o caso de comunidades ou escolas que recebem computadores novinhos em folha, mas que nunca são utilizados porque não há telefone para conectar à internet ou porque faltam professores qualificados para repassar o conhecimento necessário.
Desde a década de 90, acadêmicos e especialistas em tecnologia da informação (TI) deram início a uma série de debates sobre um quadro preocupante e que pouco mudou: os países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, sobretudo os mais pobres, estão perdendo o bonde da informação. Sem os meios necessários (computadores e laboratórios) e recursos apropriados (internet rápida, telecomunicações), esses países deixam para trás um amplo leque de opções para aquecer a economia e melhorar os baixos índices sociais.
Somente colocar um computador na mão das pessoas ou vendê–lo a um preço menor não é, definitivamente, inclusão digital. É preciso ensiná–las a utilizá–lo em benefício próprio e coletivo. Induzir a inclusão social a partir da digital ainda é um cenário pouco estudado no Brasil, mas tem à frente os bons resultados obtidos pelo CDI no País, cujas ações são reconhecidas e elogiadas mundialmente. Inclusive, por vários estudiosos consultados pela reportagem, que costumam classificar as ações do Comitê como exemplo em palestras mundo afora.
O presidente do CDIPE, Marcelo Fernandes, acha que agora é o momento para reflexões e críticas às atividades desenvolvidas, pois o Comitê está completando dez anos. “Nestes últimos anos, tivemos muitas conquistas e desafios. Agora é o momento para refletirmos sobre eles e prestarmos conta para a sociedade sobre as ações que realizamos”, adianta. Apesar da boa vontade, alguns empecilhos representam um grave problema à melhor socialização de comunidades carentes.
O coordenador–executivo do CDI–PE, Diego Garcez, elege a carência de infra–estrutura como um dos piores obstáculos no Brasil e em Pernambuco. “Por exemplo, acontece de chegamos em uma comunidade de baixa renda e não termos como levar internet até lá, porque não há fiação telefônica ou instalação elétrica adequada,” cita.
Outro problema apontado por Garcez é a baixa escolaridade dos instrutores, que às vezes são os jovens da própria comunidade. E é justamente aí que entra o papel da inclusão digital como indutor à inclusão social. Chico Science já dizia que os computadores fazem arte. Os especialistas concordam e acrescentam: também fazem cidadania.
É preciso focar o crescimento social
Pensadores como Manuel Castells, um dos ícones nos estudos sociais a partir de novas tecnologias, pondera que a sociedade está passando por uma revolução informacional que pode ser comparada às grandes guinadas da História. Na clássica trilogia “A Era da Informação“, o autor é enfático em mesclar economia, cultura e informação a partir de uma inclusão digital de verdade.
Muitos imaginam que, em países pobres, não se deveria nem falar em inclusão digital enquanto há pessoas com fome e desempregadas na rua. O problema é que são as nações pobres as quais, justamente, costumam se beneficiar melhor das ações includentes.
Mark Warschauer, professor na Universidade da Califórnia e integrante do Centro de Estudos em TI e Organizações (CRITO, do inglês), descreve que em países como o Brasil, a inclusão digital precisa ser acentuada com mais prática e menos teoria.
O pensamento é compartilhado por William Mitchell, autor do livro E–Topia, que também se dedica a estudar o impacto social via inclusão digital. “Comunidades de baixa renda tendem a atrair menos investimentos em infra–estruturas de telecomunicações e tecnologias, gerando menos motivação de empresas e governos. Em lugares assim, há um risco óbvio de diminuir ainda mais as ofertas de bons empregos e serviços para todos daquela comunidade,” enfatiza Mitchell, em um cenário bastante conhecido no Brasil.
O professor Adilson Cabral, doutorando em Comunicação Social e estudioso do tema, considera até impreciso utilizar o termo inclusão digital atualmente, porque não mostra à sociedade o contexto social envolvido na questão. “Preferimos a idéia de apropriação social das tecnologias de informação e comunicação (TIC), cuja relação direta é a tomada de consciência e cidadania nas comunidades”, explica.
Ele critica a atuação de muitos laboratórios públicos de informática, alguns chamados de “telecentros”, porque muitas vezes os próprios organizadores não têm noção de objetivos e propósitos na hora de ensinar pessoas a usar o computador. “Não adianta apenas oferecer acesso à internet e editor de textos. A gente precisa transformar a perspectiva de vida das pessoas, buscar soluções práticas que melhorem a vida desses novos usuários”, sugere Cabral.
A crítica é compartilhada por Warschauer, que durante a última visita ao Brasil, ficou espantado com a falta de objetivos claros dos inúmeros telecentros instalados pelos governos nas cidades, especialmente em São Paulo, embora tenha elogiado bastante as atividades do CDI.
Computadores como fonte de renda e cidadania
Há uma série de iniciativas de inclusão digital que merecem destaque nos chamados “países pobres”, que ilustram como o acesso às tecnologias e uma pitada de boa vontade podem mudar um cenário de pobreza.
Em Honduras, uma ONG instalou estações de trabalho em comunidades rurais, cujos computadores funcionavam por energia solar, já que não havia energia elétrica naquela área. Também não havia infra–estrutura de telecomunicações, ou seja, nada de telefones ou conexões à internet. Então começaram a usar conexão via satélite, cujo valor ainda é bem alto. Ocorre que toda a parafernália pode se tornar auto–sustentável, com a própria comunidade arcando os custos de manutenção.
Após o pontapé inicial – ensinando as pessoas a usar as ferramentas e como tirar proveito delas – os agricultores e artesões começaram a vender seus trabalhos pela internet. Jovens da comunidade ainda conseguem usar salas de bate–papo para ensinar espanhol a europeus.
A Índia é um país–ícone quando se fala de tecnologia, mas é bom lembrar que também representa uma nação com terríveis índices de pobreza e desigualdade. Hoje, aquele país exporta software e exímios especialistas em tecnologia, cobiçados pelos países ricos e contratados a peso de ouro.
Parece incrível, mas os números sociais da Índia são piores do que no Brasil. De acordo com dados divulgados pelo governo, apenas 0,5% da Índia está conectada à web. Com uma população beirando um bilhão de pessoas, parece muita gente, mas em termos relativos está longe de chegar aos 11% que existe no Brasil, segundo o Ibope/ Netratings. No setor de telefonia, a Índia tem apenas 2,2 linhas telefônicas para cada cem habitantes, em média.
Outro exemplo é a Costa Rica, um país com a economia baseada em agricultura. Hoje, exporta mais circuitos integrados (chips) do que produtos agrícolas, uma situação impensável anos atrás. O país carrega o apelido de República do Silício, pois hospeda uma fábrica da Intel desde 1998.
Na época, a gigante dos processadores sondou o Brasil, mas impostos e burocracia fizeram a empresa procurar outro lugar – informação confirmada pelo próprio presidente da Intel, durante sua última visita ao Brasil. Em 1999, os chips da Intel já eram responsáveis por metade dos 8,4% de crescimento no PIB e por 37% das exportações costa–riquenhas. Uma façanha.
Tailândia, Filipinas, China, África do Sul. O ponto em comum entre as iniciativas é a mesma base: o computador é uma ótima diversão, mas também é uma fonte de renda e de cidadania. Mark Waschauer se mostra descrente, contudo, com o populismo que alguns governos de países em desenvolvimento fazem com a inclusão digital. Brasil incluso.
Entrevista: Mark Warschauer
Mark Warschauer é professor de Educação e de Informação & Ciência da Computação na Universidade da Califórnia, além de fazer parte do Centro de Estudos em Tecnologia da Informação e Organizações.
Há anos estudando o impacto social das ações de inclusão digital em países da América Latina, ele já esteve mais de uma vez no Brasil para conhecer as atividades do CDI, dos Telecentros em São Paulo e de outros projetos paralelos. Autor do livro “Tecnologia e Inclusão Social: repensando a divisória digital”, ele também edita o periódico Aprendizado de Linguagem & Tecnologia e nos concedeu esta entrevista exclusiva.
– Quais os projetos brasileiros de inclusão digital que você mais conhece?
- Para elaborar o livro, viajei para o Brasil e conheci bastante o Sampa.org, o CDI, o Projeto Clicar e alguns telecentros do Governo de São Paulo. Fiquei particularmente impressionado com o trabalho do CDI, pois há muita coisa ali que realmente funciona e são bem atraentes. Primeiro, porque eles estão conseguindo atingir locais e comunidades onde há, de fato, uma necessidade de inclusão digital. Segundo, conseguem recursos de várias fontes, induzindo à inclusão social de jovens pela digital.
- É possível falar em inclusão digital em um País como o Brasil, onde os índices sociais são baixos, a economia é desigual e o desemprego é gritante? Projetos de computadores populares, como ocorre há anos por aqui sem sair do papel, funcionam?
- Depende. Os projetos de inclusão digital são de extremo valor para melhorar esses índices, desde que coordenados de forma apropriada, sem populismos e sem discursos vazios. Por outro lado, a idéia tipicamente governamental de empurrar computadores em todas as casas pode ser um tiro no pé e gerar um efeito exatamente contrário à melhoria social. O Brasil não é a única nação do mundo a tentar fazer isso, então, deveriam olhar o que foi feito lá fora, em cenários semelhantes, para não cometerem os mesmos erros.
- Como assim?
- Empurrar computadores nas casas apenas com incentivos governamentais não é produtivo, porque o dinheiro investido na idéia poderia ser utilizado em projetos de economia social e desenvolvimento, os quais podem envolver tecnologia ou não. Mas vender computador por vender, independente do preço, não melhora a qualidade de vida de ninguém. O acesso à ferramenta [computador] é importante, porém, com um sentido mais amplo e coletivo de melhoria social.
- E qual seria a solução?
- O acesso às mídias digitais não é uma exclusividade da elite. Há vários caminhos de melhorar o cenário atual de exclusão, com relações custo/benefício razoáveis. A instalação de computadores nas escolas, por exemplo, é uma das alternativas que se mostraram mundialmente eficientes nos países em desenvolvimento – desde que seja levada a sério, com instrutores, equipamentos funcionando e diretrizes claras. São essas as grandes dificuldades. Em geral, o pessoal envia os computadores, discursa, sai no jornal e pronto. Cada um que se vire. Com diretrizes sérias, o aluno não apenas aprende o que tem que aprender na sala de aula, mas também sai da escola com um ofício. A longo prazo, é notória a inclusão social que ações assim podem gerar.
Projetos só mudam de nome
Em março deste ano, o Governo publicou no Diário Oficial da União o decreto que constitui a coordenação nacional do Casa Brasil, um projeto que reúne todas as iniciativas governamentais de inclusão digital. O problema é que as idéias por trás do Casa Brasil têm circulado desde 2003, sem nada concreto. Antes deles, projetos com nomes diferentes já existiam, sempre no papel.
É uma situação similar ao que ocorre com o projeto do PC Conectado, um computador popular para pessoas de baixa renda. O conceito não tem nada de novo. De acordo com informações da Agência Brasil, o projeto Casa Brasil de agora quer estabelecer as diretrizes e os critérios de seleção das localidades que serão beneficiadas com recursos federais, além de acompanhar a implementação.
Em entrevista à agência, o presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, Sérgio Amadeu, considerou o decreto como o reconhecimento que a inclusão digital deve ser uma política pública relevante. O Instituto é o maior parceiro do governo no PC Conectado, adiado pela terceira vez em apenas três meses. [Webinsider] (com Folha de Pernambuco)
FONTE: webinsider.uol.com.br
12 de maio de 2005, 0:00
Iniciativas como a do PC Conectado são louváveis - mas não é só entregar máquinas, conforme bons e maus exemplos em outros países nos ensinam. Veja aqui a opinião de vários autores com quem conversamos.
Por Paulo Rebêlo (reportagem)
O termo “inclusão digital”, de tão usado, já se tornou um jargão. É comum ver empresas e governos falando em democratização do acesso e inclusão digital sem critérios e sem prestar atenção se a tal inclusão promove os efeitos desejados. O problema é que virou moda falar do assunto, ainda mais no Brasil, com tantas dificuldades – impostos, burocracia, educação – para facilitar o acesso aos computadores.
É que inclusão digital significa, antes de tudo, melhorar as condições de vida de uma determinada região ou comunidade com ajuda da tecnologia. A expressão nasceu do termo “digital divide”, que em inglês significa algo como “divisória digital”. Hoje, a depender do contexto, é comum ler expressões similares como democratização da informação, universalização da tecnologia e outras variantes parecidas e politicamente corretas.
Em termos concretos, incluir digitalmente não é apenas “alfabetizar” a pessoa em informática, mas também melhorar os quadros sociais a partir do manuseio dos computadores. Como fazer isso? Não apenas ensinando o bê–á–bá do informatiquês, mas mostrando como ela pode ganhar dinheiro e melhorar de vida com ajuda daquele monstrengo de bits e bytes que de vez em quando trava.
O erro de interpretação é comum, porque muita gente acha que incluir digitalmente é colocar computadores na frente das pessoas e apenas ensiná–las a usar Windows e pacotes de escritório. A analogia errônea tende a irritar os especialistas e ajuda a propagar cenários surreais da chamada inclusão digital, como é o caso de comunidades ou escolas que recebem computadores novinhos em folha, mas que nunca são utilizados porque não há telefone para conectar à internet ou porque faltam professores qualificados para repassar o conhecimento necessário.
Desde a década de 90, acadêmicos e especialistas em tecnologia da informação (TI) deram início a uma série de debates sobre um quadro preocupante e que pouco mudou: os países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, sobretudo os mais pobres, estão perdendo o bonde da informação. Sem os meios necessários (computadores e laboratórios) e recursos apropriados (internet rápida, telecomunicações), esses países deixam para trás um amplo leque de opções para aquecer a economia e melhorar os baixos índices sociais.
Somente colocar um computador na mão das pessoas ou vendê–lo a um preço menor não é, definitivamente, inclusão digital. É preciso ensiná–las a utilizá–lo em benefício próprio e coletivo. Induzir a inclusão social a partir da digital ainda é um cenário pouco estudado no Brasil, mas tem à frente os bons resultados obtidos pelo CDI no País, cujas ações são reconhecidas e elogiadas mundialmente. Inclusive, por vários estudiosos consultados pela reportagem, que costumam classificar as ações do Comitê como exemplo em palestras mundo afora.
O presidente do CDIPE, Marcelo Fernandes, acha que agora é o momento para reflexões e críticas às atividades desenvolvidas, pois o Comitê está completando dez anos. “Nestes últimos anos, tivemos muitas conquistas e desafios. Agora é o momento para refletirmos sobre eles e prestarmos conta para a sociedade sobre as ações que realizamos”, adianta. Apesar da boa vontade, alguns empecilhos representam um grave problema à melhor socialização de comunidades carentes.
O coordenador–executivo do CDI–PE, Diego Garcez, elege a carência de infra–estrutura como um dos piores obstáculos no Brasil e em Pernambuco. “Por exemplo, acontece de chegamos em uma comunidade de baixa renda e não termos como levar internet até lá, porque não há fiação telefônica ou instalação elétrica adequada,” cita.
Outro problema apontado por Garcez é a baixa escolaridade dos instrutores, que às vezes são os jovens da própria comunidade. E é justamente aí que entra o papel da inclusão digital como indutor à inclusão social. Chico Science já dizia que os computadores fazem arte. Os especialistas concordam e acrescentam: também fazem cidadania.
É preciso focar o crescimento social
Pensadores como Manuel Castells, um dos ícones nos estudos sociais a partir de novas tecnologias, pondera que a sociedade está passando por uma revolução informacional que pode ser comparada às grandes guinadas da História. Na clássica trilogia “A Era da Informação“, o autor é enfático em mesclar economia, cultura e informação a partir de uma inclusão digital de verdade.
Muitos imaginam que, em países pobres, não se deveria nem falar em inclusão digital enquanto há pessoas com fome e desempregadas na rua. O problema é que são as nações pobres as quais, justamente, costumam se beneficiar melhor das ações includentes.
Mark Warschauer, professor na Universidade da Califórnia e integrante do Centro de Estudos em TI e Organizações (CRITO, do inglês), descreve que em países como o Brasil, a inclusão digital precisa ser acentuada com mais prática e menos teoria.
O pensamento é compartilhado por William Mitchell, autor do livro E–Topia, que também se dedica a estudar o impacto social via inclusão digital. “Comunidades de baixa renda tendem a atrair menos investimentos em infra–estruturas de telecomunicações e tecnologias, gerando menos motivação de empresas e governos. Em lugares assim, há um risco óbvio de diminuir ainda mais as ofertas de bons empregos e serviços para todos daquela comunidade,” enfatiza Mitchell, em um cenário bastante conhecido no Brasil.
O professor Adilson Cabral, doutorando em Comunicação Social e estudioso do tema, considera até impreciso utilizar o termo inclusão digital atualmente, porque não mostra à sociedade o contexto social envolvido na questão. “Preferimos a idéia de apropriação social das tecnologias de informação e comunicação (TIC), cuja relação direta é a tomada de consciência e cidadania nas comunidades”, explica.
Ele critica a atuação de muitos laboratórios públicos de informática, alguns chamados de “telecentros”, porque muitas vezes os próprios organizadores não têm noção de objetivos e propósitos na hora de ensinar pessoas a usar o computador. “Não adianta apenas oferecer acesso à internet e editor de textos. A gente precisa transformar a perspectiva de vida das pessoas, buscar soluções práticas que melhorem a vida desses novos usuários”, sugere Cabral.
A crítica é compartilhada por Warschauer, que durante a última visita ao Brasil, ficou espantado com a falta de objetivos claros dos inúmeros telecentros instalados pelos governos nas cidades, especialmente em São Paulo, embora tenha elogiado bastante as atividades do CDI.
Computadores como fonte de renda e cidadania
Há uma série de iniciativas de inclusão digital que merecem destaque nos chamados “países pobres”, que ilustram como o acesso às tecnologias e uma pitada de boa vontade podem mudar um cenário de pobreza.
Em Honduras, uma ONG instalou estações de trabalho em comunidades rurais, cujos computadores funcionavam por energia solar, já que não havia energia elétrica naquela área. Também não havia infra–estrutura de telecomunicações, ou seja, nada de telefones ou conexões à internet. Então começaram a usar conexão via satélite, cujo valor ainda é bem alto. Ocorre que toda a parafernália pode se tornar auto–sustentável, com a própria comunidade arcando os custos de manutenção.
Após o pontapé inicial – ensinando as pessoas a usar as ferramentas e como tirar proveito delas – os agricultores e artesões começaram a vender seus trabalhos pela internet. Jovens da comunidade ainda conseguem usar salas de bate–papo para ensinar espanhol a europeus.
A Índia é um país–ícone quando se fala de tecnologia, mas é bom lembrar que também representa uma nação com terríveis índices de pobreza e desigualdade. Hoje, aquele país exporta software e exímios especialistas em tecnologia, cobiçados pelos países ricos e contratados a peso de ouro.
Parece incrível, mas os números sociais da Índia são piores do que no Brasil. De acordo com dados divulgados pelo governo, apenas 0,5% da Índia está conectada à web. Com uma população beirando um bilhão de pessoas, parece muita gente, mas em termos relativos está longe de chegar aos 11% que existe no Brasil, segundo o Ibope/ Netratings. No setor de telefonia, a Índia tem apenas 2,2 linhas telefônicas para cada cem habitantes, em média.
Outro exemplo é a Costa Rica, um país com a economia baseada em agricultura. Hoje, exporta mais circuitos integrados (chips) do que produtos agrícolas, uma situação impensável anos atrás. O país carrega o apelido de República do Silício, pois hospeda uma fábrica da Intel desde 1998.
Na época, a gigante dos processadores sondou o Brasil, mas impostos e burocracia fizeram a empresa procurar outro lugar – informação confirmada pelo próprio presidente da Intel, durante sua última visita ao Brasil. Em 1999, os chips da Intel já eram responsáveis por metade dos 8,4% de crescimento no PIB e por 37% das exportações costa–riquenhas. Uma façanha.
Tailândia, Filipinas, China, África do Sul. O ponto em comum entre as iniciativas é a mesma base: o computador é uma ótima diversão, mas também é uma fonte de renda e de cidadania. Mark Waschauer se mostra descrente, contudo, com o populismo que alguns governos de países em desenvolvimento fazem com a inclusão digital. Brasil incluso.
Entrevista: Mark Warschauer
Mark Warschauer é professor de Educação e de Informação & Ciência da Computação na Universidade da Califórnia, além de fazer parte do Centro de Estudos em Tecnologia da Informação e Organizações.
Há anos estudando o impacto social das ações de inclusão digital em países da América Latina, ele já esteve mais de uma vez no Brasil para conhecer as atividades do CDI, dos Telecentros em São Paulo e de outros projetos paralelos. Autor do livro “Tecnologia e Inclusão Social: repensando a divisória digital”, ele também edita o periódico Aprendizado de Linguagem & Tecnologia e nos concedeu esta entrevista exclusiva.
– Quais os projetos brasileiros de inclusão digital que você mais conhece?
- Para elaborar o livro, viajei para o Brasil e conheci bastante o Sampa.org, o CDI, o Projeto Clicar e alguns telecentros do Governo de São Paulo. Fiquei particularmente impressionado com o trabalho do CDI, pois há muita coisa ali que realmente funciona e são bem atraentes. Primeiro, porque eles estão conseguindo atingir locais e comunidades onde há, de fato, uma necessidade de inclusão digital. Segundo, conseguem recursos de várias fontes, induzindo à inclusão social de jovens pela digital.
- É possível falar em inclusão digital em um País como o Brasil, onde os índices sociais são baixos, a economia é desigual e o desemprego é gritante? Projetos de computadores populares, como ocorre há anos por aqui sem sair do papel, funcionam?
- Depende. Os projetos de inclusão digital são de extremo valor para melhorar esses índices, desde que coordenados de forma apropriada, sem populismos e sem discursos vazios. Por outro lado, a idéia tipicamente governamental de empurrar computadores em todas as casas pode ser um tiro no pé e gerar um efeito exatamente contrário à melhoria social. O Brasil não é a única nação do mundo a tentar fazer isso, então, deveriam olhar o que foi feito lá fora, em cenários semelhantes, para não cometerem os mesmos erros.
- Como assim?
- Empurrar computadores nas casas apenas com incentivos governamentais não é produtivo, porque o dinheiro investido na idéia poderia ser utilizado em projetos de economia social e desenvolvimento, os quais podem envolver tecnologia ou não. Mas vender computador por vender, independente do preço, não melhora a qualidade de vida de ninguém. O acesso à ferramenta [computador] é importante, porém, com um sentido mais amplo e coletivo de melhoria social.
- E qual seria a solução?
- O acesso às mídias digitais não é uma exclusividade da elite. Há vários caminhos de melhorar o cenário atual de exclusão, com relações custo/benefício razoáveis. A instalação de computadores nas escolas, por exemplo, é uma das alternativas que se mostraram mundialmente eficientes nos países em desenvolvimento – desde que seja levada a sério, com instrutores, equipamentos funcionando e diretrizes claras. São essas as grandes dificuldades. Em geral, o pessoal envia os computadores, discursa, sai no jornal e pronto. Cada um que se vire. Com diretrizes sérias, o aluno não apenas aprende o que tem que aprender na sala de aula, mas também sai da escola com um ofício. A longo prazo, é notória a inclusão social que ações assim podem gerar.
Projetos só mudam de nome
Em março deste ano, o Governo publicou no Diário Oficial da União o decreto que constitui a coordenação nacional do Casa Brasil, um projeto que reúne todas as iniciativas governamentais de inclusão digital. O problema é que as idéias por trás do Casa Brasil têm circulado desde 2003, sem nada concreto. Antes deles, projetos com nomes diferentes já existiam, sempre no papel.
É uma situação similar ao que ocorre com o projeto do PC Conectado, um computador popular para pessoas de baixa renda. O conceito não tem nada de novo. De acordo com informações da Agência Brasil, o projeto Casa Brasil de agora quer estabelecer as diretrizes e os critérios de seleção das localidades que serão beneficiadas com recursos federais, além de acompanhar a implementação.
Em entrevista à agência, o presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, Sérgio Amadeu, considerou o decreto como o reconhecimento que a inclusão digital deve ser uma política pública relevante. O Instituto é o maior parceiro do governo no PC Conectado, adiado pela terceira vez em apenas três meses. [Webinsider] (com Folha de Pernambuco)
FONTE: webinsider.uol.com.br
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